4 de dezembro de 2025

🖤 VESPER – A Voz Que Sussurra Quando Tudo Está Silencioso

Quem é Vesper?


“Você não é suficiente. Nunca foi. Nunca será.” – Vesper


Vesper não tem um corpo.
Ele tem presença.
Como o cheiro de sangue num quarto limpo.
Como o silêncio que precede o choro.

Ele não aparece, ele se infiltra.
Nas noites em que Marina tenta dormir, nas manhãs em que ela não vê sentido em levantar, nas conversas que ela repete na cabeça, se punindo por cada palavra mal colocada.

Vesper é a sombra que caminha ao lado dela.
O reflexo distorcido no espelho.
A sensação constante de que algo está errado, e que esse algo… é ela mesma.

Não tem voz alta. Ele não grita.
Ele sussurra.
Devagar, venenoso, certeiro.
Plantando sementes de dúvida, cultivando o ódio interno até que o jardim da mente vire um cemitério.


Sua ligação com Marina

Vesper nasceu dentro de Marina.
Não como uma lembrança, mas como um parasita.
Ele se alimenta de suas inseguranças, de seus traumas, de cada erro pequeno transformado em catástrofe emocional.

Ele não a ataca de frente.
Ele a convence.

“Ninguém te entende.”
“Eles só gostam de você porque ainda não te viram quebrar.”
“Você é um peso, Marina. Um fardo bem maquiado.”

Vesper não é um monstro.
Monstros têm forma.
Ele é mais perigoso que isso:
Ele é a dúvida que parece verdade.
É o carinho que sufoca.
É a presença constante que se esconde atrás dos sorrisos cansados.


O que ele representa

Vesper é a depressão com rosto e voz.
É a ansiedade disfarçada de intuição.
É a solidão que se faz companhia, só para não ir embora nunca mais.

Ele não quer a morte de Marina.
Ele quer que ela deseje a própria ausência.
Quer que ela se afaste de todos, que se cale, que desapareça aos poucos, até ser apenas uma lembrança confusa nos olhos de quem a amava.

E enquanto isso… ele permanece.
Observando.
Saboreando cada fraqueza.
E cochichando palavras que só ela escuta.


✍️ Palavras do autor

Vesper nasceu do silêncio.
Ele é a personificação daquele sentimento que ninguém vê. Da dor que você mascara. Da culpa que cresce quando você tenta sorrir, mas sente que está mentindo para o mundo.

Escrevê-lo é desconfortável. Porque ele é real.
Não como personagem. Mas como experiência.

O Vesper existe dentro de cada um de nós, sempre a espreita, procurando sentimentos ruins para consumir e se fortalecer. Quando desenvolvi esse personagem, eu pensei em algo mortal, forte, mas elegante e com classe, algo que sabote e crave a faca, mas que seja de forma suave, diferente de Enzo, que é mais escancarado, mais direto, atormentando o Nicolas de outras formas.

Se você já sentiu que há algo dentro de você sabotando cada passo, cada gesto, cada chance de ser feliz, então você já conheceu Vesper.

E o mais perigoso de tudo?

Ele nunca vai embora fácil.

Att,
Fernando Costa Slodkowski.


9927f95a c1c8 4543 adb4 7a978c3dca04

VESPER

← Voltar

Ecos do Abismo (0)

Deixe sua marca nas sombras

Atmosfera

Junte-se à Escuridão

Receba novos contos e capítulos diretamente no seu e-mail.